O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), preocupado com a situação envolvendo a provisão de meios de contraste, iodados e à base de gadolínio, notadamente os primeiros, ouviu as empresas do setor e presta os devidos esclarecimentos. A escassez do produto no mercado, pelo apurado, decorre de alguns fatores, coincidentes no tempo de ocorrência, listados a seguir:
A- Aumento da demanda, com o número de exames de imagem, com utilização de meio de contraste, em níveis bem acima daqueles observados no período pré-pandemia. Isto é explicado pela demanda reprimida durante a pandemia e pelos investimentos em saúde, feitos emergencialmente durante a COVID-19 (no caso, aquisição de tomógrafos);
B- Situação da Covid no resto do mundo. Apesar de nenhum fornecedor reconhecer que recebe suprimentos diretamente da China, reconhecem que o comércio mundial é altamente interligado e isto pode ter impactado as matrizes, em seus países de origem;
C- Há, no mundo, escassez do iodo, elemento químico essencial nas formulações dos meios de contraste usados em tomografia;
D- Houve interrupção, provisória, do fornecimento dos meios de contraste por uma das empresas com importante fatia deste mercado.
Contribuindo para esta situação, quando se percebeu a falta, ainda que parcial, de meio de contraste iodado no mercado, houve uma onda de compras para formação de estoque, comprometendo ainda mais a situação.
Das empresas ouvidas pelo CBR, 75% disseram estar suprindo seus clientes normalmente, sem nenhuma restrição. Apenas uma pequena parte das empresas admitiu uma restrição no fornecimento. Porém, com previsão de normalização até o final de maio/início de junho, tendo em vista os esforços e investimentos realizados em sua linha de produção objetivando a normalização dos estoques o mais breve possível.
Sendo estas as informações que temos para o momento, seguimos monitorando a situação e nos manifestaremos quando existir qualquer fato novo.