O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) em conjunto com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) emitiram uma nota técnica sobre o uso de dispositivos de termografia das mamas em farmácias sem pedido médico. O documento foi divulgado no dia 31 de outubro.
A Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (ABRAFARMA) informou no mês passado que duas redes de farmácias passaram a oferecer o exame de “termografia das mamas” sem necessidade de pedido médico. Entretanto, a nota técnica emitida pelas sociedades médicas informa que: “embora apresentada como ação de prevenção e diagnóstico precoce, essa iniciativa apresenta sérias limitações técnicas, éticas e regulatórias”.
De acordo com a nota emitida pelas sociedades, não há evidências científicas que comprovem sensibilidade, especificidade ou impacto positivo do método no rastreamento ou diagnóstico do câncer de mama. A termografia mamária, método utilizado neste procedimento, usa sensores infravermelhos para mapear diferenças de temperatura nas mamas, sob a hipótese de que alterações térmicas indiquem tumores.
A nota ainda informa que: “os dispositivos de atividade térmica, incluindo a termografia infravermelha, não são recomendados para rastreamento, diagnóstico ou acompanhamento do câncer de mama, isoladamente ou em associação à mamografia”. As sociedades ainda reforçam que a mamografia permanece como o único exame comprovadamente eficaz na redução da mortalidade por câncer de mama.


