1. Minimize a chance de exposições:
Ao agendar exames e consultas para cuidados médicos de rotina (preventivos, eletivos) instrua os pacientes a discutir a possibilidade de reagendamento, especialmente se apresentarem sintomas de uma infecção respiratória (como, por exemplo, tosse, dor de garganta, febre).
Se o paciente precisar fazer exames, estabeleça uma triagem e peça que sejam informados eventuais sintomas de infecção respiratória para que sejam adotadas ações preventivas apropriadas (máscara facial na entrada e durante a visita).
2. Considere limitar os pontos de entrada e trânsito dos pacientes com sintomas de infecção respiratória. Identifique um espaço separado e bem ventilado que permita que esses pacientes em espera sejam isolados e tenham fácil acesso a suprimentos de higiene respiratória.
3. Tome medidas para garantir que pacientes e profissionais tenham acesso aos suprimentos para higiene das mãos nas entradas dos serviços de saúde, nas salas de espera e nas áreas de atendimento.
4. Utilize alertas visuais (placas, pôsteres etc.) na entrada e em locais estratégicos (como, por exemplo, áreas de espera, elevadores, lanchonetes etc.) para fornecer aos pacientes instruções (em idiomas apropriados) sobre higiene das mãos, higiene respiratória e etiqueta da tosse. As instruções devem incluir como usar tecidos para cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar, descartar tecidos e itens contaminados em recipientes de lixo e como e quando realizar a higiene das mãos.
5. Forneça informação e treinamento específicos sobre prevenção da transmissão para todo o pessoal do estabelecimento de saúde (médicos, enfermagem, técnicos, serviço de limpeza, lavanderia, manutenção, estudantes, funcionários administrativos e outros).
6. Higiene das mãos:
Os profissionais de saúde devem realizar a higiene das mãos antes e depois de todo contato com o paciente, contato com material potencialmente infeccioso e antes de colocar e remover os equipamentos de proteção individual, incluindo luvas. Lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou utilizar produtos específicos baseados em álcool com concentração de 60-95%.
7. Equipamento de Proteção Individual (EPI):
Os profissionais envolvidos no atendimento e em contato com pacientes devem ter acesso a EPIs, receber treinamento e demonstrar um entendimento de: quando usar o EPI, qual EPI é necessário, como vestir, usar e retirar adequadamente o EPI de maneira a evitar a auto-contaminação, como descartar ou desinfetar e manter adequadamente os EPI e das limitações do EPI.
Recomenda-se treinamento dos profissionais envolvidos na colocação e retirada do EPI. Há evidências que a maior chance de infecção ocorre no processo de remoção inadequada destes materiais.
Os EPIs recomendados ao cuidar de um paciente com COVID-19 conhecido ou suspeito SINTOMÁTICO incluem:
a. Respirador ou Máscara Facial
O paciente deve estar com máscara cirúrgica simples ao adentrar na área de exame. O objetivo é reduzir a transmissão por gotículas.
Utilizar a máscara facial antes de entrar em contato de pacientes com sintomas respiratórios. Recomenda-se que estas orientações sejam atualizadas frequentemente com base nas orientações das autoridades sanitárias.
Máscaras faciais devem ser removidas e descartadas após sair do quarto ou da área de cuidados do paciente e fechar a porta. Execute a higiene das mãos após descartar a máscara facial.
b. Proteção ocular
Óculos de proteção ou um protetor facial descartável que cubra a frente e os lados do rosto ao entrar no quarto do paciente ou na área de atendimento. Óculos e lentes de contato pessoais não são considerados proteção ocular adequada. Remova a proteção ocular antes de sair da área de atendimento.
Estas EPIs só são recomendadas para a realização de procedimentos como punções ou em intervenções.
c. Luvas
Coloque luvas limpas e não estéreis ao entrar na área de atendimento. Remova e descarte as luvas ao sair da área de cuidados e realize imediatamente a higiene das mãos.
d. Aventais
Coloque uma roupa de isolamento limpa ao entrar na área do paciente. Remova e descarte o avental em um recipiente dedicado antes de sair da área de atendimento. Os aventais não descartáveis devem ser lavados após cada uso. Dar preferência ao avental descartável.
8. Implementar o controle de infecção ambiental
Todo o equipamento médico não dedicado e não descartável usado para atendimento ao paciente deve ser limpo e desinfetado de acordo com as instruções do fabricante e as políticas da instalação. Certifique-se de que os procedimentos de limpeza e desinfecção ambiental sejam seguidos de maneira consistente e correta.
O gerenciamento de lavanderia, utensílios de serviço de comida e resíduos médicos também deve ser realizado de acordo com os cuidados de proteção.
O descarte de material deve seguir as normas da vigilância sanitária.
9. Colaboradores e Funcionários
Em hospitais com atendimento de pacientes com infecção confirmada pelo COVID-19, considere colocar parte da equipe de saúde trabalhando a distância para evitar contaminação simultânea de parte significativa dos profissionais, dificultando a manutenção do funcionamento do serviço.
Os serviços que prestam assistência médica devem implementar políticas de licença médica para os profissionais que apresentarem sintomas de infecção respiratória, flexíveis e consistentes com as orientações de saúde pública.
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Fontes:
- https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/infection-control/control-recommendations.html?CDC_AA_refVal=https%3A%2F%2Fwww.cdc.gov%2Fcoronavirus%2F2019-ncov%2Fhcp%2Finfection-control.html
- https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/technical-guidance/infection-prevention-and-control
- https://www.jacr.org/article/S1546-1440(20)30150-2/pdf
- Coronavírus e a Medicina de Emergência. http://abramede.com.br/wp-content/uploads/2020/03/POSICIONAMENTO-ABRAMEDE-CORONAVIRUS-03-10032020.pdf
- Informativo da Sociedade Brasileira de Infectologia. https://drive.google.com/file/d/1X0AxDYIOVPjzBK8qauFkFMDi9a74iq7H/view