A atuação do médico radiologista tem se mostrado fundamental frente à pandemia do Covid-19, e a proteção deste profissional deve começar desde a triagem, com o questionamento de possíveis sintomas de infecção respiratória ao paciente, a fim de que ações preventivas sejam adotadas antes mesmo da realização do exame.
De toda forma, a possibilidade de lidar com um paciente assintomático é bastante comum e, por essa razão, a garantia de condições adequadas de trabalho, como infraestrutura, limpeza e proteção adequada, são essenciais.
No que diz respeito à proteção, é necessário treinamento prévio sobre o uso, vestimenta e inutilização do EPI (Equipamento de Proteção Individual), para garantir o bem estar dos profissionais e evitar a contaminação.
Para o desenvolvimento seguro das atividades, itens como máscaras, luvas, avental e outros insumos devem ser garantidos pelo gestor da unidade. Na ausência do equipamento, o médico deverá levar a situação ao Diretor-Técnico e, caso o problema não seja resolvido, o assunto pode ainda ser levado aos Conselhos de Medicina e até mesmo ao Ministério Público.
Tendo ciência dos problemas enfrentados pelos médicos no dia a dia, o Conselho Federal de Medicina disponibilizou em seu site uma plataforma, para que esses profissionais relatem as carências de itens essenciais em sua unidade.
No endereço eletrônico https://sistemas.cfm.org.br/fiscalizacaocovid/, o médico deverá preencher dados básicos de identificação (CPF, Estado e CRM), garantidos por sigilo e anonimato, que servem apenas para assegurar que somente médicos acessem a plataforma.
O questionário possibilita a indicação das dificuldades na atuação e no atendimento de casos suspeitos e confirmados de COVID-19, sendo possível não apenas relatar a ausência de EPI, mas outras carências, como falta de leitos, deficiências na triagem e na infraestrutura.
Os relatos serão direcionados aos Departamentos de Fiscalização dos Conselhos Regionais de Medicina, com o objetivo de solucionar os problemas junto aos gestores locais e realizar fiscalizações.
Os gestores, públicos ou privados, de todas as unidades de saúde, devem se comprometer a proteger os médicos e demais profissionais de saúde, garantindo a infraestrutura adequada para que eles continuem a salvar vidas.
Assessoria Jurídica CBR