Mamografia para o rastreio do câncer de mama é um método reconhecido cientificamente por sua segurança e eficácia. Não há evidências que atribua à realização de um exame desse tipo ser fator de risco para o surgimento de câncer na mama ou qualquer outro órgão ou parte do corpo humano e nem a causa de inflamações ou outros transtornos de saúde para as mulheres.
CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA DO CBR
Divulgamos hoje (31/10) a nota de esclarecimento à população, com a preocupação da repercussão de depoimentos de médicos, divulgados por meio de redes sociais, que questionavam a eficácia desse exame de rastreamento e ainda afirmavam que poderiam expor as pacientes ao adoecimento.
Orientamos pacientes e familiares que têm dúvidas sobre esse assunto a buscarem informação adequada junto a fontes confiáveis, como o nosso site (Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem) ou de outras entidades médicas.
Além disso, reiteramos que a realização de exames de mamografia é fundamental para a detecção precoce de alterações mamárias, aumentando as chances de tratamento bem-sucedido e reduzindo a necessidade de intervenções invasivas.
O acesso da mulher ao exame de mamografia pode salvar vidas e evitar tratamentos mais onerosos em estágios avançados do câncer de mama, trazendo desgastes para pacientes e a gestão do SUS.
A mamografia é um exame seguro e eficaz, que deve ser realizado segundo protocolos das maiores entidades médicas do mundo e sob a supervisão de médicos, sobretudo os especialistas em radiologia e diagnóstico por imagem.
98% de cura – A mamografia é um dos exames mais eficazes para detectar o câncer de mama em fase inicial, sendo capaz de identificar lesões suspeitas antes mesmo de serem palpáveis. Quando o tumor é identificado precocemente, a cura pode chegar a 98% dos casos.
No entanto, os especialistas explicam que a mamografia pode não detectar nódulos pequenos, principalmente em mamas densas. Nestas situações, pode ser necessário realizar um segundo exame, como ultrassom ou ressonância magnética.
A realização de uma mamografia dura de 15 a 30 minutos. De acordo com a Comissão Nacional de Mamografia do CBR esse método de rastreamento do câncer de mama deve ser feito anualmente em todas as mulheres acima de 40 anos.
O grupo explica que o êxito do rastreamento mamográfico na detecção precoce do câncer de mama foi confirmada por meio de grandes estudos populacionais há mais de quatro décadas, sendo observado uma redução da mortalidade em até 25-30%.
Reiteramos o nosso compromisso com a defesa da saúde da população, em especial da feminina, e com o combate à desinformação e às fake news que tanto mal causam à prevenção e ao tratamento de doenças.
Para deter indivíduos ou organizações que disseminam conteúdos inadequados, conclamamos o apoio da mídia, dos gestores e dos tomadores de decisão para promover campanhas de conscientização de massa e informa que tomará as medidas cabíveis, inclusive na Justiça, para cumprir sua missão de formar bons especialistas e aperfeiçoar a qualidade do atendimento.
Fila de espera – Nesta quinta-feira, divulgamos o levantamento em que é confirmada a existência de uma fila de aproximadamente 77 mil brasileiras e um tempo de espera que pode ultrapassar 80 dias no Sistema Único de Saúde (SUS) para realização de mamografias.
ACESSE A ÍNTEGRA DO LEVANTAMENTO DO CBR
De acordo com a análise do CBR sobre os dados do Sistema de Regulação (SISREG) do Ministério da Saúde, a fila de espera por mamografias pode ser ainda mais longa do que o indicado. Isto porque o SISREG, plataforma que deveria registrar em uma fila única as demandas por cirurgias eletivas no País, depende de dados fornecidos voluntariamente pelas secretarias de saúde estaduais e municipais.
Na análise por Unidade da Federação, Santa Catarina está no topo do ranking com cerca de 17 mil mulheres aguardando por um exame de mamografia, seguida de São Paulo (15 mil) e Rio de Janeiro (12,5 mil). Os três estados somam 56% do total de pacientes em espera informados ao Ministério da Saúde.