Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) considera decisão importante e defende criação de apoio na compra de equipamentos para exames
O Ministério da Saúde anunciou, na quarta-feira (22), a criação de um auxílio de transporte, alimentação e hospedagem para pacientes em tratamento de radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS). A medida busca reduzir desigualdades regionais no acesso ao tratamento oncológico, beneficiando especialmente quem precisa se deslocar longas distâncias até centros de referência.
Para o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), trata-se de um passo importante no fortalecimento de políticas públicas contra o câncer. Para Rubens Chojniak, presidente do CBR, essa proposta demonstra sensibilidade do governo em relação às barreiras territoriais e estruturais que ainda dificultam o acesso dos brasileiros a serviços especializados. “A experiência mostra que, muitas vezes, o problema não está apenas na existência do equipamento, mas na capacidade do paciente de chegar até ele”, ressaltou.
O novo benefício tem como objetivo garantir que pessoas que vivem longe de centros de referência possam realizar o tratamento, fortalecendo o acesso e a continuidade do cuidado oncológico no país. Segundo o Ministério da Saúde, o programa prevê um aporte anual estimado em R$ 156 milhões para cobrir os custos de deslocamento e permanência de pacientes e acompanhantes.
Para Chojniak, políticas que reduzem desigualdades regionais e fortalecem a rede de atenção especializada podem inspirar soluções semelhantes em outras áreas da medicina, como o diagnóstico por imagem, essencial para o tratamento de praticamente todas as doenças. “O diagnóstico é o primeiro passo para o tratamento. Ampliar o acesso a exames de imagem significa oferecer aos pacientes a chance de chegar mais cedo ao cuidado adequado e de forma mais justa”, conclui.
Segundo ele, a disposição do Ministério demonstrada pelo anúncio realizado poderia se desdobrar em outras ações, como a criação de estímulos para o setor privado na ocupação e compra de equipamentos. “Isso seria também seria muito interessante para a radiologia, que enfrenta sérios desafios de acesso em várias regiões do País”, avalia Chojniak.


