Glosas: muitos gestores podem estar perdendo dinheiro sem saber. Mas é possível adotar medidas para evitar este prejuízo
O maior risco de perdas financeiras de uma clínica está nos recebíveis, porque as operadoras de saúde historicamente sabem da falta de controle das clínicas em geral para controlarem o recebimento exame a exame. As glosas na saúde suplementar foram de 5,92% em 2021, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Isso significa que, uma clínica que fatura, por ano, R$ 16 milhões, perde quase R$ 1 milhão de lucro líquido em glosas!
“Para o médico gestor, é difícil perceber as glosas se ele não tem um bom processo, um bom controle. Então, a sensação, em um primeiro momento, é acreditar que não haja problema de glosas na clínica. A verdade é que todos temos glosa”, afirmou o assessor econômico do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), Carlos Moura, durante participação no programa “Estúdio ABCDI” que abordou o tema.
Apresentado pelo diretor da Associação Brasileira das Clínicas de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (ABCDI), Luís Ronan Souza, o “Estúdio ABCDI” com o tema “Glosas Quem são, onde vivem e como se reproduzem?” está disponível no site da associação.
“Glosa não é só o Demonstrativo de Glosa. Muitas vezes, quando você fala em glosa, a pessoa fala que recebeu um demonstrativo e recursou. Mas nós estamos falando de toda uma cadeia de perda, que começa nos valores atendidos, que no pré-faturamento já se perdeu uma parte, quando vai se emitir a nota para poder entrar no recebimento perde-se mais uma parte, aí vem o demonstrativo da fonte pagadora para conciliar, perde-se mais uma parte e o que realmente se recebe é a última parte.”
Carlos Moura, assessor econômico do CBR, professor do curso de Gestão de Clínicas da ABCDI, administrador de Empresas com MBA em TI pela USP e Curso Internacional de Desenvolvimento de Talentos Humanos pela Universidade Central da Flórida
Previsibilidade e planejamento
São fundamentais ferramentas eficazes para elaboração e acompanhamento do orçamento de receitas, orçamento de custos e despesas, Fluxo de Caixa e EBITDA.
Para combater as glosas, os serviços de radiologia e diagnóstico por imagem devem implementar um processo que controle 100% dos valores atendidos para garantir a receita e traçar planos de melhoria contínua para reduzir glosas futuras.
O assessor econômico do CBR explicou: “O Macroprocesso de Recebíveis é de grande importância, mas tem pouca atenção recebida pelos gestores de clínicas, não devido ao desconhecimento de risco, mas pela complexidade e impossibilidade de resolver o volume de discrepâncias que aparecem todos os dias. Envolve fatores como: Elegibilidade do Paciente, Autorização, Checagem 1 – Atendimento, Checagem 2 – Faturamento, Solução de Pendências, Checagem 3 – Faturamento, Emissão de Nota Fiscal, Conciliação, Recursos de Glosas e Contas a Receber”.
ABCDI: parceira das clínicas no combate às glosas e pela gestão mais eficiente
Com mais de 20 anos de atuação, a Associação Brasileira das Clínicas de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (ABCDI) é uma parceira no combate às glosas. Além de abordar o tema em palestras, apresentações e no Estúdio ABCDI, a associação tem um dos módulos de seu curso de Gestão de Clínicas focado no segmento com o tema “Implementando Ferramentas de Gestão Financeira”.
Com vagas abertas, o curso ensina, de forma prática, como implementar um excelente processo controlando 100% dos valores atendidos para garantir a receita e traçar planos de melhoria contínua para reduzir glosas futuras.
O conteúdo programático do Módulo 4 do curso de Gestão de Clínicas da ABCDI inclui:
Processos e Ferramentas da Gestão de Recebíveis
– Cenário de Recebíveis na Saúde Suplementar
– Principais Etapas do Macroprocesso de Recebíveis
– Conciliação dos Demonstrativos de Pagamento e Glosas
– Implantação do Processo de Recurso de Glosas e Cobrança
Apuração de EBITDA e Ajustes Gerenciais
– Objetivo do EBITDA e Seus Pontos Positivos e Negativos
– Regime de Caixa X Regime de Competência
– Conceito de Depreciação
– Conceitos Fundamentais sobre Custos e Despesas
– A Importância da Estrutura do Plano de Contas
– Principais Grupos de Contas
– Adequação do Plano de Contas Contábeis da Clínica
– Definição da Estrutura do DRE (Demonstrativo de Resultado Econômico)
– Apuração de EBITDA e Referências de Mercado
Elaboração e Aplicação do Orçamento de Receita
– Importância do Orçamento de Receita
– Metodologia Utilizada Aumentar Efetividade
– Como Elaborar o Orçamento de Receita (passo a passo)
– Monitorando a Realização do Orçamento Durante o Ano
Elaboração e Aplicação do Orçamento de Custos e Despesas
– Principais Pontos para Elaboração do Orçamento
– Fatores de Sucesso na Implantação e Erros Recorrentes
– Análise dos Principais Grupos de Contas
– Ferramenta de Simulação de Orçamento
– Como Elaborar o Orçamento de Custos e Despesas
Elaboração e Aplicação do Fluxo de Caixa
– Importância do Fluxo de Caixa nas Clínicas
– Relacionamento com as Instituições Financeiras
– Premissas do Fluxo de Caixa
– Análise e Visões do Fluxo de Caixa
– Como Elaborar o Fluxo de Caixa (passo a passo)
– Simulação de Investimentos Utilizando o Fluxo de Caixa
Apuração de Custeio Por Absorção por Modalidade
– Metodologia para apurar EBITDA por Modalidade
– Variação do Valor por Item Produzido das Diferentes Modalidades
– Necessidades de Rateios e Suas Variações
– Lógica dos Rateios dos Custos Indiretos e Despesas
– Como Elaborar o Custeio Por Absorção (passo a passo)
Gestão de Empréstimos e Dívidas da Clínica
– Aprendendo a Trabalhar com o Dinheiro de Terceiros
– Consolidação dos Financiamentos e Empréstimos
– Negociação de Empréstimos e Dívidas
Não perca mais tempo, nem dinheiro.
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