2019-05-08 16:36:30 - 8

Quanto e como estudam os radiologistas Brasileiros?

Este foi o tema do estudo desenvolvido pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) por meio da Comissão de Ensino, Aperfeiçoamento e Residência Médica (CEAR) com o apoio de diversos pesquisadores. Os resultados completos serão publicados pelo CBR nos próximos meses, por meio de seus canais de comunicação. Antes da adoção generalizada dos meios eletrônicos, a maioria dos recursos de aprendizagem médica eram baseados em livros e revistas científicas impressas. Atualmente, dispositivos móveis têm facilitado o uso onipresente da internet e da comunicação digital e é vasta a quantidade de novas referências eletrônicas agora disponíveis. O estudo iniciado aproximadamente há um ano e organizada pelo Dr. Rubens Chojniak, então Coordenador da CEAR, levantou, por meio de questionários enviados por e-mail, os hábitos de estudo dos residentes, aperfeiçoandos e especialistas que atuam na área de diagnóstico por imagem no Brasil. O questionário completo colheu dados relacionados à carga de estudo, forma de acesso aos materiais didáticos e a pesquisa da frequência de acesso a livros, revistas, sites e mídias sociais específicas e mais populares. “O conhecimento da preferência atual e da frequência do uso das diferentes fontes de informação impressa ou de mídia eletrônica para as consultas dos radiologistas em diferentes fases da carreira e que atuam em diferentes cenários e tipos de instituição pode ser útil para as sociedades de especialidade, coordenadores de programas de treinamento e de grandes serviços de Radiologia para a definição de uma estratégia de disponibilidade de recursos educacionais”, explica o Dr. Chojniak. A análise preliminar dos resultados demonstra que os médicos radiologistas acessam informações de ensino por cerca de 10 horas semanais por meio do computador e nas mídias eletrônicas, principalmente em sites educacionais livres da internet que são acessados diariamente pela maioria dos participantes do estudo. “Este comportamento pode ser explicado pela rotina deste médico que atua boa parte do tempo diante do computador e pela facilidade de rapidamente acessar as informações diretamente por meio de ferramentas de busca, sem a necessidade de acessar livros ou revistas impressas ou eletrônicas ou de abrir aplicativos de ensino”, analisa o pesquisador. Os jovens em formação dedicam maior tempo ao estudo, assim como os médicos que atuam em instituições hospitalares e acadêmicas. Situações em que a complexidade dos casos ou a dedicação ao ensino e pesquisa podem aumentar a demanda por consultas a material didático. Dr. Rubens Chojniak acrescenta ainda que outro dado interessante foi a constatação de que a maioria dos radiologistas não tem acesso a materiais educacionais pagos. “Talvez pela ampla disponibilidade de conteúdos livres na internet”, conclui.