Mayra Veloso, diretora do CBR, participa, na tarde desta sexta-feira (22), de apresentação do Ministério da Saúde sobre o processo de distribuição de medicamentos e outros insumos. No evento, representantes do Ministério falam sobre a nota com orientações para racionalização do uso de contraste iodado emitida no dia 13, em razão da atual escassez do insumo no mercado por todo o mundo.
“Nós temos uma escassez global dos contrastes iodados, ocasionada pela interrupção nas cadeias de produção e distribuição, principalmente em função das medidas de lockdown na China, que tem impactado bastante toda a distribuição mundial”, declarou a Secretária de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Maíra Batista Botelho.
Ela destacou e agradeceu a participação do CBR e outras sociedades na elaboração da nota técnica com orientações para a racionalização do uso do insumo.
Maíra Botelho ressaltou ainda que a recomendação “não é o racionamento, é a racionalização do uso”. “O que isso significa? Significa, por exemplo, de forma técnica, a priorização de procedimentos em pacientes com maior risco, em condições clínicas de urgência e emergência, evitar desperdícios que possam vir a ocorrer e considerar também a utilização de outros métodos diagnósticos em substituição aos procedimentos”, esclareceu. De acordo com a secretária do Ministério da Saúde, a expectativa é que os estoques de contraste no país sejam recompostos até o final de setembro.
Assista abaixo a apresentação do Ministério da Saúde sobre o processo de distribuição de contraste e medicamentos:
"Procurar soluções preservando a qualidade"
Nos últimos meses o CBR tem manifestado preocupação e discutido alternativas para lidar com a escassez de contraste. Em junho, foi realizado um webinar que contou com uma palestra para apresentação de alternativas. “Não podemos abrir mão da qualidade, de procurar soluções preservando a qualidade”, destacou o presidente do Colégio, Valdair Muglia, na ocasião. O webinar pode ser conferido na íntegra no canal oficial do CBR no Youtube.
Para a diretora científica do CBR, Luciana Costa, “é uma oportunidade de revermos a literatura, revermos o que é possível ser feito de melhor para o paciente no sentido de que a literatura já nos permite ter uma redução de contraste, obviamente sem ter uma redução de diagnóstico”. Ela também deu uma entrevista à Record TV em reportagem sobre o problema.
A vice-presidente do CBR, Cibele Carvalho, foi no mesmo tom: “Cada vez mais, quando a gente passa pelas adversidades, é momento de aprender. É oportunidade de rever doses de contraste e doses de radiação para os nossos pacientes”.